"Robert Johnson e sua carreira
A vida de um dos maiores músicos do blues americano é marcada por eventos sinistros, datas e informações desconexas e muito misticísmo.
Robert Leroy Johnson nasceu de uma família de lavradores em Hazlehurst, no Mississipi. A região é marcada pelos intensos conflitos raciais e berço do blues norte-americano. Até mesmo a data de seu nascimento é imprecisa, sendo que o ano mais aceito (1911) está provavelmente errado. Alguns documentos escolares e certidões sugerem datas entre 1909 e 1912, mas nenhum deles cita o ano de 1911.
Trabalhou no campo até os 16 anos, quando resolveu largar sua pacata vida de lavrador para tocar gaita e violão. Desde então não parou de viajar, tocando em todos os lugares em que pudesse, principalmente na rua. Com vinte anos, Johnson descobriu como fazer sua guitarra chorar usando o gargalo de uma garrafa quebrada, deslizando-a pelas cordas.
Sua carreira profissional durou apenas dois anos (1936 a 1938) apenas tocando em prostíbulos e bares de baixa popularidade. Gravou apenas 29 músicas e não conseguiu nenhum reconhecimento comercial em vida. Porém, ganhou de seus companheiros músicos o título de "The King of the Delta Blues Singers". Johnson é uma figura importantíssima para o blues pela padronização do formato de 12 compassos. Suas músicas foram regravadas por diversos artistas como Red Hot Chilly Peppers, Eric Clapton e muitos outros, além de influenciar grandes nomes do blues, como Muddy Waters e Elmore James. Mas as histórias ligadas a Robert Johnson são tão misteriosas e surpreendentes quanto sua influência nos músicos atuais.
A encruzilhada
Uma das grandes lendas conta que Johnson teria vendido a alma ao demônio para obter o seu talento e a sua habilidade com o violão. Acredita-se que ele ficou a espera na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em uma noite de lua nova com seu violão na mão. A meia-noite, o diabo em forma de um homem apareceu para afinar seu instrumento. A partir daí, todos que ouvem suas músicas são encantados por ela. No supersticioso sul dos Estados Unidos do início do século, eram comuns os mitos demoníacos, e o tema fazia parte da tradição do blues. Suas músicas como "Me and the Devil Blues", "Hellhound on my Trail" e "Crossroad Blues" aumentaram as crenças na história, pois essas músicas tinham alguma alusão ao diabo. Esta história foi difundida principalmente por Son House, um influente cantor e guitarrista de Blues Norte-americano.
Tocando de costas para o público
As atitudes de Robert Johnson ajudavam a espalhar sua fama de sinistro e adorador de forças ocultas. Uma delas era o seu hábito de tocar de costas para o público durante seus shows. As pessoas então diziam que ele fazia isto para esconder o olhar do diabo que surgia para auxiliá-lo.
A morte
A data de seu óbito também é imprecisa. Supõe-se que seja no dia 16 de agosto de 1938. Existem diversas lendas sobre sua morte. Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Ele veio a morrer três dias depois de envenenado, sofrendo terríveis dores no estômago durante todo esse tempo. Essa seria a razão de, antes de morrer, Johnson ter sido encontrado andando de quatro e uivando como um cachorro no corredor do quarto do hotel que ele estava. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.
Robert Johnson morreu aos 27 anos, deixando suas influências para o blues e para o rock de hoje em dia.
Das suas musicas, algumas que mais chamam a atenção:
Crossroads Blues
Hellhound on My Trail
Me and the Devil Blues"
O que mais me espantou foi que ele morreu com exatos 27 anos! Varios famosos morreram com essa idade. Vou colocar uma listinha pequena de alguns aqui:
"Johnny Kidd (vocalista do Johnny Kidd & The Pirates), em 1966 – acidente de viação.
Brian Jones (guitarrista dos Rolling Stones), em 1969 – afogamento.
Sharon Tate (actriz), em 1969 – assassinada por Charles Manson.
Alan Wilson (vocalista dos Canned Heat), 1970 – overdose.
Jimi Hendrix (guitarrista), 1970 – overdose.
Janis Joplin (cantora), 1970 – overdose.
Jim Morrison (vocalista dos Doors) 1971 – overdose.
Brian Cole (baixista do Associations), 1972 – overdose.
Ron "Pigpen" McKernan (tecladista do Grateful Dead), 1973 – complicações estomacais.
Gary Thain (ex-integrante do Uriah Heep), 1975 – overdose.
Chris Bell (guitarrista do Big Star), 1978 – acidente de viação.
Kurt Cobain (vocalista e guitarrista do Nirvana), 1994 – suicídio."
O mais engraçado disso é que varias pessoas já falaram que esses artistas fizeram um pacto com o demonio. Mais uma coisa pra pensar que eu achei nesse site:
"Jovens, músicos, famosos, ricos e com um detalhe comum em suas vidas: todos morreram aos 27 anos. Mera coincidência ou idade da loucura? O que afinal levou à morte de artistas como Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison? A ciência não tem resposta, mas para a numerologia, o número "27" significa a transição de mais um estágio. "Ele marca uma passagem em nossas vidas, o amadurecimento da alma. Nesta época é comum o casamento, as mudanças profissionais e para alguns até a morte física", considera a numeróloga Aparecida Liberato. A especialista revela ainda que a cada nove anos, os indivíduos começam um novo ciclo. "Ter 27 quer dizer que a pessoa está entrando em um terceiro período e o número "3" está relacionado com o divino, ou seja, o encontro com Deus, alerta."
Que isso pode ser mera conhecidência pode ser mas que da um certo medo, dá!
Poor: @ AnnaLuh_
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